segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Bispo Dom José Visita projetos apoiados pela Pastoral 2

Com o intuito de apoiar a Campanha da Fraternidade de 2015 refletindo o tema: Fraternidade e Sociedade e o lema: Eu vim para servir, e ao mesmo tempo incentivar os pequenos empreendimentos de agricultores do interior, na tarde de sexta feira, 20 de fevereiro, o bispo Dom José Gislon, juntamente com o coordenador da Cáritas Diocesana de Erexim, visitaram dois projetos apoiados pela pastoral localizados no interior de Itatiba do Sul. A agroindústria e panificadora na localidade denominada Pitanga Alta, coordenada por um grupo de mulheres, fabrica produtos de padaria comercializados no próprio município. Em outra localidade próxima, denominada “Derrubadas”, grupo de famílias beneficia o leite transformando-o em doces e queijos comercializados em feira popular da cidade.

Além de apoiar a Campanha da Fraternidade, as visitas do Bispo visam reforçar o tema refletido na 38ª Romaria da Terra transcorrido na cidade de David Canabarro no dia 17 de Fevereiro: Sucessão rural familiar e sustentabilidade social. Vale lembrar a promessa de Deus ao povo de Abraão: “Eu darei esta terra à sua descendência”. Enquanto o êxodo rural afugenta o pequeno agricultor para a cidade aumentando a problemática nas periferias das cidades, urge repensar a situação dos agricultores que ainda persistem em sobreviver na terra.
A Cáritas apoiou e ainda apoia mais de 10 projetos sociais dentre as mais diversas atividades inerentes a pastoral.






quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

38ª Romaria da Terra na cidade de David Canabarro e Muliterno

Milhares de romeiros da Terra em David Canabarro: De dez a doze mil pessoas participaram da 38ª Romaria da Terra, nesta terça-feira, 17, em David Canabarro, Arquidiocese de Passo Fundo. Bom grupo da Diocese de Erexim estava entre elas. A partir das 07h30, os romeiros foram acolhidos pelo Arcebispo de Passo Fundo, Dom Antonio Carlos Altieri e equipe de recepção em frente à igreja Sagrada Família. Para Dom Altieri, “nesse dia, a Arquidiocese se torna casa comum onde se reúnem os filhos e filhas com a maternal bênção da Mãe Aparecida”. De lá partiram em procissão num percurso de aproximadamente 2 km até o Módulo Esportivo Municipal.

A procissão teve três paradas para reflexão sobre temáticas específicas, dentro do tema geral da Romaria, sucessão rural familiar, políticas públicas e sustentabilidade social, à luz do seu lema: eu darei esta terra à sua descendência, que é a promessa de Deus a Abraão. A primeira parada esteve a cargo da Emater, e abordou a sucessão rural familiar. A segunda, a cargo da Cáritas Arquidiocesana, destacou o pedido do Papa: “Por favor, continuem na luta pela dignidade da família rural, pela água, pela vida e para que todos possam se beneficiar dos frutos da terra”. A terceira, sob a coordenação do MST, aprofundou a temática das políticas públicas.

Na culminância da procissão, houve a missa presidida pelo Arcebispo de Passo Fundo e concelebrada por outros 8 bispos do Rio Grande do Sul e pelo Bispo de Chapecó e muitos padres. (Estavam presentes, além do Arcebispo local, Dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre, Dom José Gislon, de Erexim, Dom José Mário Stroeher, de Rio Grande, Dom Canísio Klaus, de Santa Cruz do Sul, Dom Sinésio Bohn, emérito de Santa Cruz do Sul, Dom Remídio José Bohn, de Cachoeira do Sul, Dom Liro Vendelino Meurer, de Santo Ângelo, Dom Odelir José Magri, de Chapecó e Dom Alessandro Rufinoni, de Caxias do Sul).

Na homilia, Dom Altieri citou o Papa Francisco, que, no encontro com representantes de Movimentos Populares, em outubro passado, destacava três grandes aspirações e necessidades de todo ser humano: terra, casa e trabalho. Recordou a mensagem bíblica sobre a criação que indica a missão do homem e da mulher de serem os guardiães da terra, que deve ser um grande jardim onde todos possam viver com dignidade, sem as desigualdades e a corrupção presentes em nossa sociedade. Mencionou o anseio dos jovens pelo uso consciente da terra. Concluiu com um louvor e uma exortação. “Bendito o fruto da terra e do trabalho humano. Bendito o suor de quem o produz. Benditas as famílias do mundo inteiro que acreditam e não deixam morrer a fé, a história, as lutas, a utopia e o júbilo da esperança que se concretiza no bem de todos. Que a fé no Deus de toda Terra, que o testemunho dos mártires de nossas Américas, que o grito de nossos lábios e do nosso coração convertido ao Amor e a força de nossa união despertem as autoridades responsáveis pelo cuidado de nosso povo, pelo bem viver de todos”.

Jovens em acampamento e na Romaria da Terra: Nos dois dias anteriores à Romaria da Terra, mais de 450 jovens do Estado participaram do 10º Acampamento da Juventude. Mais de 40 eram da Diocese de Erexim.

No primeiro dia, domingo, houve painéis sobre Gênero, Modelo de produção, Sustentabilidade e Direitos Humanos. No segundo dia, segunda-feira, os grupos aprofundaram aspectos levantados nos painéis, especialmente sobre a sucessão rural e as questões de gênero. Realizaram também atividades sobre mística e espiritualidade das causas sociais, abelhas nativas, teatro e juventude rural, filtro dos sonhos, agitação e propaganda, sucessão rural familiar e autonomia, sistemas agroecológicos e frutas nativas, necessidades e desejos da juventude rural, cooperativismo e sindicalismo, juventudes e protagonismo por culturas de paz, juventude e reforma política, produção de insumos alternativos e economia popular solidária.

Para dom Altieri, o 10º Acampamento da Juventude foi “uma oportunidade para a juventude se sentir parte integrante e responsável na luta pela justiça e pela paz entre os povos. A força da juventude é fundamental nesta empreitada da vida”.

Os jovens do 10º Acampamento da Juventude tiveram participação intensa também na Romaria da Terra, acolhendo os romeiros e romeiras e auxiliando nos momentos de celebração, mística e animação.

Mostra de Ações Sociais Solidárias

Já na última Romaria de N. Sra. Aparecida, no mês de outubro, em Passo Fundo, houve uma Mostra de Ações Sociais da Arquidiocese, visando divulgar e fortalecer o trabalho de promoção humana. Na Romaria da Terra, a experiência foi repetida, sendo coordenada pela Cáritas Arquidiocesana, com a participação de mais de 60 grupos, entre eles empreendimentos da Economia Popular Solidária e agroindústrias da região. Entre os produtos comercializados estavam artesanatos, panificação, lanches, sucos, hortigranjeiros e orgânicos.

Carta da 38ª Romaria da Terra: Na conclusão das atividades do dia, com a bênção do envio, foi lida a Carta desta Romaria da Terra. Ela inicia lembrando o tema e o lema da mesma: Sucessão Rural Familiar, Políticas Públicas e Sustentabilidade Social, com o lema: “Eu darei esta terra à sua descendência”. Defende um projeto social que garanta a vida, colocando no centro o ser humano e a vida na terra. Apresenta alguns compromissos, entre eles: denúncia do sistema capitalista, intrinsecamente perverso; defesa da democracia e do direito do povo brasileiro escolher o seu caminho; luta contra a privatização dos serviços públicos: combate à desmoralização, à criminalização e à repressão dos Movimentos Sociais Populares e suas causas; retomada e aprofundamento da Reforma Agrária, condição inclusive para avançar na agroecologia e na agricultura familiar e camponesa; esforço para exigir o compromisso do Congresso Nacional com o Plebiscito oficial por uma Constituinte Exclusiva e Soberana pela Reforma do Sistema Político; denúncia e combate da violência e extermínio das juventudes, especialmente a pobre, negra e marginalizada e outros.

Na conclusão da carta, os romeiros se declaram animados e encorajados por tantas testemunhas que doaram suas vidas por estas causas, e, inspirados pelas palavras do Papa Francisco no encontro com os movimentos populares, quando afirmou “O amor pelos pobres está no centro do Evangelho” e que “Terra, teto e trabalho são direitos sagrados”. Manifestam sua confiança no Reino de Deus, cuja plenitude só se realizará quando não houver “nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos”. Renovam o desejo de que os bons frutos desta Romaria da Terra possam repercutir na vida de todas as nossas comunidades de fé e de luta.

Local da próxima Romaria da Terra: A 39ª Romaria da Terra do Rio Grande do Sul e o Décimo Primeiro Acampamento da Juventude serão no município de São Gabriel, na Diocese de Bagé. Os eventos comemorarão os 260 anos da morte de Sepé Tiaraju, líder indígena na defesa da terra do seu povo, e o início das romarias, em 1978. (Com informações e fotos de Pe. Valtuir Bolzan e Victória Holzbach, assessora de comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo).

38ª ROMARIA DA TERRA E 10º ACAMPAMENTO DA JUVENTUDE

Carta às Comunidades

A 38ª Romaria da Terra e o 10º Acampamento da Juventude são frutos de meses de trabalho nas comunidades e nos movimentos, envolvendo inúmeras entidades, entre elas mais de 15 organizações juvenis, pastorais e movimentos do campo e da cidade. Para o enriquecimento da caminhada ecumênica, fizeram-se presente também os irmãos e as irmãs da Pastoral Popular Luterana. Embalados pelo dinamismo do Espírito de Deus, que nos chama sempre de novo a continuar na construção da justiça e da paz, da Terra Sem Males, de Um Outro Mundo urgentemente Necessário e Possível, da Civilização do Amor, da Cultura de Paz e do Bem-Viver.

Nesse espírito, nos dias do carnaval de 2015, de 15 a 17 de fevereiro, em torno de 500 jovens do Rio Grande do Sul e também de Santa Catarina, estiveram reunidos no módulo esportivo municipal de David Canabarro, juntando-se aos demais milhares de Romeiros e Romeiras, compromissados/as com os valores e as causas da “Sucessão Rural Familiar, Políticas Públicas e Sustentabilidade Social”, que garantam que a Terra seja um dom para a vida e não objeto para negócio, como disse Deus a Abraão “Eu darei esta terra à sua descendência” (Gn 12,7) e que Sepé reafirmou na luta do povo índio contra a ocupação imperialista, bradando “Alto lá! Esta terra tem dono!”

Os/as Romeiros/as do 10º Acampamento da Juventude foram acolhidos/as com entusiasmo por uma equipe de jovens desde a madrugada do domingo, que prepararam com muito trabalho e amor, o espaço para o Acampamento e a Romaria. Logo todas as delegações se integraram e, com vibrante energia e alegria, com palavras de ordem, canções diversas e muito debate, foram reafirmando a disposição de serem sujeitos protagonistas de uma nova sociedade, justa, solidária, equitativa, plural e ecológica.

Refletimos sobre a realidade, ouvimos os clamores que brotam das mais diversas situações de exploração e opressão, geradas pelo sistema capitalista, sobretudo na presente fase neoliberal. Procuramos compreender os desafios que nos são colocados, aprofundando o processo de transformação, para que haja vida digna e abundante para todos e todas.

Neste debate percebemos que vários projetos estão em disputa. Todos se apresentam como caminhos de felicidade. Numa época em que vivemos muitas mudanças, ou mesmo uma mudança de época, precisamos compreender e discernir o que defende a vida, colocando no centro o respeito ao ser humano e à vida na Terra. Faz-se necessário resgatar os saberes tradicionais e populares libertadores de tantos povos, que até hoje resistem e ensinam valores fundamentais dos quais não se pode abrir mão.

A partir desta reflexão, celebrou-se em comunhão com as mais variadas expressões de fé, de organização popular e realidades juvenis, resgatando a caminhada das Romarias da Terra e dos Acampamentos das Juventudes. Dessa forma, foram consolidados e reafirmados os seguintes compromissos, como sinal de renovação da Aliança do povo com o Deus da Vida:

- Denunciar o sistema capitalista como intrinsecamente perverso, pois sua lógica de acumulação a qualquer preço, movido pela ganância, gera as divisões sociais, exploração, opressões diversas, sofrimento e morte.

- Defesa da democracia e do direito do povo brasileiro escolher o seu caminho.

- Lutar contra a privatização dos serviços públicos.

- Combater a desmoralização, a criminalização e a repressão dos Movimentos Sociais Populares e suas causas.

- Retomar e aprofundar a defesa da Reforma Agrária, condição inclusive para avançar na agroecologia e na agricultura familiar e camponesa.

- Denunciar o agronegócio como um sistema que tem como lógica o lucro e se sustenta na exploração do trabalho e dos recursos naturais, em contradição com a lógica da agricultura familiar e camponesa.

- Defender os diversos sistemas da biodiversidade e fortalecer a luta contra os agrotóxicos e as sementes transgênicas, valorizando um modelo de produção e consumo saudáveis, pelas práticas da agroecologia, sem ter medo de mudanças.

- Exigir políticas públicas para a produção, distribuição e consumo agroecológico, incluindo o apoio à transição de modelos.

- Fortalecer a política como a ação em favor do bem comum, essencial nos processos de mudança da realidade, e como uma forma eficaz de amor ao próximo.

- Investir no fortalecimento do trabalho de base e na aproximação dos explorados e excluídos.

- Lutar pela equidade de gênero reconhecendo o protagonismo das mulheres, sua participação nos espaços de poder e decisão de nossa sociedade.

- Garantir uma educação do campo e na cidade que valorize as especificidades do espaço geográfico e ao mesmo tempo implemente as políticas de educação inclusiva, de gênero e não-sexista.

- Respeitar e considerar justa toda forma de AMOR.

- Defender políticas públicas substantivas para a população trabalhadora, em especial para a juventude através de um processo de trabalho de base permanente.

- Assegurar a participação da juventude e da população trabalhadora nos espaços de construção das políticas públicas e do controle social do Estado.

- Exigir o compromisso do congresso com o Plebiscito oficial por uma Constituinte Exclusiva e Soberana pela Reforma do Sistema Político.

- Construir novos espaços de formação permanente sobre a questão de gênero, envolvendo homens e mulheres, na perspectiva de superação de todas as formas de patriarcalismo, sexismo, machismo e violências contra as mulheres em todos os espaços da vida.

- Investir em formas de comunicação para garantir o direito fundamental à informação, que nos convoca ao engajamento na luta pela democratização dos meios de comunicação.

- Promover um processo de conscientização referente à demarcação das terras indígenas e quilombolas e o direito de produção dos pequenos agricultores. Considerando que tanto os pequenos agricultores, quanto os indígenas e quilombolas são vítimas do colonialismo, sendo que a união de suas forças é necessária para a garantia do acesso à Terra e às suas justas indenizações.

- Denunciar e combater a violência e o extermínio das Juventudes em especial da juventude pobre, negra e marginalizada.

- Exigir uma política nacional que reconheça os direitos dos atingidos pela construção de barragens. Lutar contra a construção de novas barragens, como a de Garabi e a de Panambi, pois queremos “águas para a vida e não águas para a morte”.

Animados e encorajados por tantas testemunhas que doaram suas vidas por estas causas, e, inspirados pelas palavras do Papa Francisco no encontro com os movimentos populares, que reafirma que “O amor pelos pobres está no centro do Evangelho” e que “Terra, teto e trabalho são direitos sagrados”. Acreditamos no Reino de Deus, cuja plenitude só se realizará quando não houver “nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos”. Renovamos o desejo de que os bons frutos desta Romaria da Terra possam repercutir na vida de todas as nossas Comunidades de fé e de luta.

David Canabarro, 17 de fevereiro de 2015


 












 

 

 

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Bispo Dom José Visita projetos apoiados pela Pastoral 1

Na tarde muito chuvosa de sexta feira, 13 de fevereiro, o Bispo diocesano de Erexim, Dom José Gislon, juntamente com o Coordenador da Cáritas, Ir. Darci Zacaron visitaram a Casa das Sementes localizada no Município de Três Arroios. Com o objetivo de preservar as sementes crioulas frente a tantos tipos de sementes que o sistema capitalista impõe para a agricultura, um grupo de agricultores assume a causa em defesa de uma natureza e meio ambiente mais ecológicos. A Cáritas Diocesana de Erexim, atendendo o pedido em defesa da vida e da natureza apoiou e ainda apoia este projeto em defesa do pequeno proprietário/agricultor que busca meios de sobrevivência no campo e também a defesa de produtos livres de agrotóxicos.




quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

38ª Romaria da Terra e 10º Acampamento da Juventude

Tema: “Sucessão rural familiar, políticas públicas e sustentabilidade social”
Lema: “Eu darei esta terra à sua descendência” (Gn 12, 7)



domingo, 1 de fevereiro de 2015

30 ANOS DE CÁRITAS EM ERECHIM

 

Atividades Relacionadas a missão da pastoral


PARABÉNS CÁRITAS PELOS TEUS 30 ANOS EM MISSÃO

            No dia 1º de fevereiro de 2015 a Cáritas de Erechim comemora seus 30 anos de missão dentro da mesma diocese. A comemoração acontecerá nas comunidades paroquiais onde a pastoral existe possivelmente na data da celebração de Corpus Christi fazendo alusão ao Cristo que se fez pão para alimentar os famintos e sedentos de justiça.

            A Cáritas é uma Pastoral que tem a missão de testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, defendendo e promovendo a vida e participando da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural, junto com as pessoas em situação de exclusão social.

            Dentro dessa missão, em comunhão com as diversas comunidades paroquiais, mais de 150 líderes atuam nas comunidades desenvolvendo um trabalho em favor da vida disponibilizando seu tempo em favor das pessoas mais carentes. Aqui deixamos o desafio para que mais lideranças possam abraçar esta causa, pois Jesus deu a vida em resgate de muitos e foi ao encontro especialmente dos mais excluídos da sociedade fazendo valer a expressão do Evangelista Marcos: “Levanta-te, vem para o meio” (Mc 3, 3).