Na tarde desta terça feira, 28
de março, todas as coordenações paroquiais participaram de reunião ordinária da
pastoral Cáritas com intuito de iniciar a caminhada de 2017 juntos, estudando e
refletindo as orientações estratégicas deliberadas pela Cáritas Nacional durante o V Congresso transcorrido em Brasília no mês Novembro de 2016. Cuidar da
criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover
relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho,
objetivo geral da Campanha da Fraternidade de 2017, estaria em consonância com
os princípios orientadores e missão institucional da Cáritas Nacional de
promover e defender a vida em todas as situações. No final da reunião, todas as
agentes retornaram para suas instâncias com o desafio de refletir e discernir
com as demais agentes sobre quais ações são possíveis, e entre elas, quais são
as mais importantes e de impacto mais positivo e duradouro.
A Cáritas tem a missão de testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, defendendo e promovendo a vida e participando da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural, junto com as pessoas em situação de exclusão social.
terça-feira, 28 de março de 2017
sexta-feira, 24 de março de 2017
MANIFESTO DOS BISPOS SOBRE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Bispos da Província Eclesiástica de Belo Horizonte divulgam manifesto
Os bispos das (arq) dioceses da Província Eclesiástica de Belo Horizonte divulgam manifesto sobre a proposta de Reforma da Previdência. Na mensagem, os bispos destacam: "É indispensável que a sociedade seja ouvida e que se criem mecanismos de participação dos cidadãos nesse processo de reforma previdenciária".
NÃO É ESTA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL QUE O BRASIL PRECISA
Se a vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus (Mt 5,20).
1. Conscientes de sua responsabilidade na vida pública, os cristãos devem estar presentes na formação dos consensos necessários e na oposição contra as injustiças. A Igreja não substitui e nem se identifica com políticos ou interesses partidários. Contudo, não pode se eximir da sua vocação de ser incansável advogada da justiça e dos pobres (Documento de Aparecida p.278). Em razão disso, nós, bispos da Igreja Católica, na província de Belo Horizonte, somos instados a promover a reflexão sobre a reforma da Previdência (PEC 287/2016), que tramita no Congresso Nacional.
2. Visando promover o bem-estar da população brasileira, a Constituição Federal de 1988 estabeleceu a Seguridade Social, destinada a garantir saúde, previdência e assistência social. Para sua realização, essas políticas públicas compartilham diversas fontes de financiamento, denominadas “contribuições sociais”.
3. Várias reformas são indispensáveis à democracia brasileira. O aprimoramento das políticas é bem-vindo, desde que aperfeiçoe as instituições democráticas. Nenhuma reforma, contudo, pode operar em sentido contrário, trazendo o risco de aumentar as desigualdades que historicamente já caracterizam a sociedade brasileira.
4. Num momento de intensa crise de representatividade e de legitimidade das instituições, pela ausência de autoridade moral que agrava a falta de credibilidade dos legisladores e governantes, é contraditório e perigoso impor mudanças constitucionais, quanto mais no que tange aos direitos sociais. A reforma da Previdência, tal como proposta, terá impactos para todos os cidadãos brasileiros: tanto para os que vivem neste tempo presente, quanto para as gerações futuras. É indispensável que a sociedade seja ouvida e que se criem mecanismos de participação dos cidadãos nesse processo de reforma previdenciária.
5. Também é preciso assegurar a transparência das informações veiculadas. É indispensável que se apresentem com clareza todas as fontes de financiamento e o verdadeiro destino dos recursos da Previdência e, de forma mais ampla, da Seguridade Social.
6. A Previdência é uma das políticas sociais de maior abrangência exercidas pelo Estado. É arriscado analisá-la apenas sob a ótica de receitas e despesas, esquecendo-se de seu papel essencial na redistribuição de renda. A Previdência Social representa, para os cidadãos empobrecidos, a única diferença entre o desamparo e uma velhice minimamente segura. Além disso, num País de tão intensas desigualdades regionais, há muitos municípios cuja economia local depende dos recursos dos aposentados.
7. É inaceitável uma reforma que se assenta na redução dos direitos dos mais pobres, assim como é inadmissível estabelecer benefícios abaixo do salário mínimo, com valores insuficientes para garantir as condições básicas de sobrevivência, enquanto certos grupos continuam sendo privilegiados.
8. Há uma profunda contradição em um modelo que pretende reduzir os benefícios pagos ao cidadão sem que antes sejam cobrados os débitos dos sonegadores e reavaliadas as isenções, para que estas apenas se justifiquem pelo serviço que prestam aos pobres. Do mesmo modo, é necessário um reordenamento nas finanças e no orçamento públicos, com vistas a impedir que recursos da Seguridade Social sejam utilizados para outros fins.
9. Não é possível deixar desprotegidos aqueles que, por uma questão de justiça social, mais necessitam do amparo do poder público. Nesse campo, é condenável a extinção da diferença entre mulheres e homens em seu acesso, por direito, à Previdência. Sobrecarregam-se as mulheres nas atividades domésticas e nos cuidados familiares, além da disparidade salarial que as atinge com maior força.
10. Com efeito, não há justiça em tratar de forma igual situações que são eminentemente desiguais. Nesse sentido, é inaceitável o estabelecimento de uma idade mínima universal. A idade de 65 anos para se aposentar e o tempo de 49 anos de contribuição para se obter o benefício integral são injustos para os trabalhadores, especialmente os do meio rural e aqueles submetidos a condições penosas e extenuantes. Uma idade mínima elevada sacrifica os pobres, que começam a trabalhar mais cedo e têm uma expectativa de vida menor.
11. Nenhuma reforma da Previdência pode se eximir da responsabilidade de garantir um envelhecimento seguro e amparado. Como afirma o Papa Francisco: a economia que promove a exclusão e a desigualdade social é comprometida com a morte: “Essa economia mata!” (Evangelho da Alegria 53). Em discurso sobre a previdência social (Praça São Pedro, 07/11/15) o Para Francisco afirmou “nunca falte o seguro para a velhice, a doença, os acidentes de trabalho; não falte o direito à pensão, e sublinho, o direito, porque trata-se de direito [...]. É preciso fazê-lo não como obra de solidariedade, mas como dever de justiça e subsidiariedade”.
12. Diante disso, nós, bispos da Arquidiocese de Belo Horizonte e de sua Província Eclesiástica, sabedores de que “qualquer comunidade de Igreja, que pretende subsistir tranquila [...] sem cooperar de forma eficaz para que os pobres vivam com dignidade e haja inclusão de todos, correrá o risco de sua dissolução [...]” (Evangelho da Alegria 205), conclamamos os católicos, todos os cidadãos, mulheres e homens, a se empenharem na luta por uma previdência social que cumpra sua função de proteção social para os mais empobrecidos, conforme assegurado na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Belo Horizonte, 20 de março de 2017.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte
Dom João Justino de Medeiros Silva, Arcebispo Coadjutor eleito de Montes Claros, transferido de Bispo Auxiliar de Belo Horizonte
Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, Bispo Auxiliar de Belo Horizonte
Dom Edson José Oriolo dos Santos, Bispo Auxiliar de Belo Horizonte
Dom Otacílio Ferreira de Lacerda, Bispo Auxiliar de Belo Horizonte
Mons. Geovane Luís da Silva, Bispo Auxiliar eleito de Belo Horizonte
Mons. Vicente de Paula Ferreira, Bispo Auxiliar eleito de Belo Horizonte
Dom Guilherme Porto, Bispo Diocesano de Sete Lagoas
Dom José Aristeu Vieira, Bispo Diocesano de Luz
Dom José Carlos de Souza Campos, Bispo Diocesano de Divinópolis
Dom Miguel Ângelo Freitas Ribeiro, Bispo Diocesano de Oliveira
Fonte: Catolicos
A ÁGUA NOS BIOMAS DO BRASIL
Estamos na semana da água. Dia 22 é o Dia Mundial da Água.
Como estamos vivendo grandes desafios em relação à água em todos os biomas do
nosso país, é melhor dedicar uma semana a ela. Na verdade, devemos cuidar bem
da água todo dia, pois ela é fonte de vida e sem ela não haveria vida na Terra.
Por isso, quem deseja vivenciar esta semana junto conosco, acesse o site
fmclimaticas.org.br para refletir e agir no cuidado com a água em todos os
biomas do nosso país.
Para quem está seguindo a Campanha da Fraternidade, está
claro que uma das práticas necessárias para recuperar o equilíbrio do ambiente
vital de cada bioma é o cuidado com tudo que se refere à água, desde as
nascentes até o consumo consciente dela, passando pelo cuidado dos córregos,
rios, aquíferos e mares. E é preciso cuidar também das florestas e todo tipo de
cobertura vegetal de cada bioma e de todos os biomas, para que haja umidade e
chuvas em todas as Regiões. Na situação em que se encontram os biomas Mata
Atlântica, Cerrado, Pantanal, Caatinga e Pampa, cada dia mais todos dependemos
da preservação da floresta do bioma Amazônia. O Cerrado, de modo especial,
precisa recuperar boa parte de sua cobertura vegetal e receber umidade da
Amazônia para que volte a alimentar os aquíferos que distribuem água para os
demais biomas do nosso país.
Tudo isso deixa claro que precisamos corrigir erros que
cometemos na relação com a Mãe Terra por não conhecermos bem os biomas, os
jardins criados por Deus junto com a Terra. Desejando criar mais uma
oportunidade para conhecer melhor o bioma em que cada um de nós vive, junto com
outros seres humanos e muitos tipos de seres vivos, e para reconhecer a
solidariedade que há entre os biomas, escrevi e coloquei à disposição de todas
as pessoas o livro Biomas do Brasil – da exploração à convivência. Quem
desejar, pode ter acesso a ele no Site fmclimaticas.org.br e no Facebook.
Junto com a retomada da história da Terra, em que são
criados em tempos diferentes os biomas do nosso país, e junto com a história da
presença humana nos biomas, a reflexão se aprofunda na busca de resposta a essa
pergunta: como seria o Brasil se fosse pensado a partir dos biomas? Por outro
lado, haverá Brasil se teimarmos em destruir nossos biomas?
Ivo
Poletto, do FMCJS
quinta-feira, 23 de março de 2017
BACIAS HIDROGRÁFICAS E SANEAMENTO BÁSICO
No Dia Mundial Da Água - 22 de março - a Cáritas RS promoveu o primeiro
Seminário do Projeto "Saneamento Básico Rural - Fonte de vida e proteção
dos recursos naturais", que tem o objetivo de contribuir para o debate do
saneamento básico rural e a disseminação de estratégias de preservação e
recuperação de recursos naturais. Com o total de 20 participantes, contou com
a presença das Cáritas (Arqui)Diocesanas de Passo Fundo, Caxias do Sul, Santa
Cruz do Sul, Pelotas, Vacaria, Santo Angelo, Erechim e Santa Maria mais
representantes de entidades/projetos parceiros como o Fabio Forjiarini da
Emater/RS (Agudo) e Mario Barcelos da Escola Tecnica Estadual Achilino de
Santis (Santo Antônio das Missões). Jacira Dias, assessora da Cáritas RS, falou
sobre a composição e situação das Bacias Hidrográficas do RS; Roseli Dias,
assessora da Cáritas, com uma exposição dialogada sobre a política de Saneamento
Básico; e Dilton de Castro da Anama Maquiné sobre o tratamento e reuso de águas
residuais no meio rural.
sexta-feira, 17 de março de 2017
FORUM REGIONAL CÁRITAS RS
Fórum Regional da
Cáritas RS analisa a atual conjuntura e planeja ações para o ano de 2017. O
evento aconteceu no Convento dos Capuchinhos, bairro Santo Antônio, em Porto
Alegre nos dias 13 a 15 de março com a participação de todas as Entidades
Membro.
Entre atividades internas da Rede Cáritas e
assessorias externas, as 13 (Arqui)Dioceses da Cáritas do Rio Grande do Sul se
uniram para, juntos, dar início ao planejamento anual e do próximo quadriênio,
de acordo com o novo marco estratégico da Cáritas Brasileira. Contou-se,
também, com a presença de um representante da Cáritas Brasileira, Marcelo
Lemos, e dos assessores Lucia Garcia e Carlos Winkler para análise de
conjuntura sócio-política-econômica, e Márcia Silva para definir as ações do
planejamento de mobilização de recursos de cada região do estado. O Fórum
Regional da Cáritas do Rio Grande do Sul aconteceu entre os dias 13 e 15 de
março, em Porto Alegre/RS.
Texto extraído: (http://rs.caritas.org.br/novo/forum-regional-da-caritas-rs-analisa-a-atual-conjuntura-e-planeja-acoes-para-o-ano-de-2017/4574)(Foto acima: parte da equipe diocesana de Erechim)
quinta-feira, 2 de março de 2017
QUE SÃO SEPÉ TIARAJU NOS PROTEJA!
Comentários de João Pedro Stedile na
quarta estação da caminhada, que tratou dos problemas da sociedade brasileira e
os desafios para os movimentos populares.
A 40ª ROMARIA DA TERRA foi realizada no assentamento Novo Sarandi-
Município de Pontão – 28 de fevereiro de 2017.
1.
VIVEMOS A MAIOR CRISE ECONÔMICA, SOCIAL, AMBIENTAL E POLITICA, Da NOSSA
HISTORIA.
2.
O BRASIL É A SOCIEDADE MAIS DESIGUAL E INJUSTA DO PLANETA. AQUI TEMOS 76 mil milionários que ficam com 65% de todas
riquezas do país, enquanto 204 milhões de pessoas vivem do seu trabalho.
3.
HOJE TEMOS 12 milhões de desempregados e 8 milhões que nunca puderam
trabalhar, portanto, falta trabalho para 20 milhões de adultos.
4.
O BRASIL É O ÚNICO PAÍS DO MUNDO que o trabalho doméstico cresce, e em número
e percentual, é o maior do mundo, empregando 8 milhões, a maioria mulheres, das
quais apenas 30% conseguiram que as patroas assinassem a carteira.
5.
Cerca de um por cento dos proprietários de terra, ou seja, os
latifundiários, são donos de 52% de todas as terras do Brasil. O Brasil só
perde para o Paraguai na concentração da propriedade da terra, e os índices
atuais, são equivalentes a quando saímos da escravidão. A cada ano,
independente de governos, a concentração da propriedade da terra só aumenta,
pela ganância de acumulação do capital.
6.
Temos mais de 5 mil comunidades quilombolas esperando sua legalização,
mais de 300 áreas de povos indígenas sendo atacadas e sem legalização. Se São
Sepé, que hoje homenageamos, retornasse, teria que fazer uma nova guerra para
defender seu povo Guarani.
7.
Nos impuseram o modelo do agronegócio na agricultura, que concentra terra,
produção e expulsa mão-de-obra. Hoje 80% das terras cultivadas se dedicam
apenas soja, milho e cana. Toda produção agrícola do país é controlada por
apenas 50 grandes empresas do agronegócio, 60% delas transnacionais que
controlam o mercado, os preços e, ficam com a maior parte do lucro.
8.
Nesse modelo agrícola, não há espaço para os camponeses, agricultores
familiares ou mesmo assalariados rurais.
9.
Estamos importando, vergonhosamente, feijão, batata, milho, leite em pó,
pipoca, lentilha, trigo, maçã, pêra, e centenas de produtos que poderíamos
produzir por aqui.
10.
Na década de 1980, a indústria pesava 50% na nossa economia e 30% a
agricultura. Hoje a indústria pesa 11% e a agricultura apenas 9%. O capitalismo transformou nossa sociedade
numa economia voltada para a especulação, e os trabalhadores são usados apenas
no setor de serviços, e assim, não produzimos os bens necessários para melhorar
as condições de vida da população.
11.
Do total do orçamento da união, 40% de todo valor arrecadado do povo, ao
redor de 480 bilhões de reais por ano, são destinados ao pagamento de juros aos
bancos que são apropriados por apenas 15 mil capitalistas proprietários dos
títulos da dívida pública. É como se todos os 204 milhões de pessoas, pagassem
impostos para sustentar 15 mil.
12.
O Brasil virou o paraíso para o capital especulativo que só aplica em
juros. Os bancos cobram as mais altas
taxas de juros do mundo, além dos 12% da taxa Selic paga pelo governo. O comércio
e indústria pagam 48% ao ano, os trabalhadores que compram a prazo pagam 72% ao
ano, e se alguém ficar devendo no cartão de credito ou cheque especial, paga 144%
ao ano.
13.
Enquanto isso, o governo tem 280
bilhões de dólares de reservas da nação depositados em bancos de Nova Iorque e
recebe apenas 0,2% de juros ao ano.
14.
As finanças públicas estaduais estão quebradas, como aqui no RS, e a maioria
dos governos não consegue pagar os servidores e muito menos fazer investimentos
sociais. Mas ninguém denuncia a Lei Kandir, que desde os tempos do governo FHC isentou
de pagamento de ICMS a todas as exportações de soja, commodities agrícolas e
minerais. E assim, a renda agrícola é acumulada pelas empresas exportadoras em
detrimento de todo povo.
15.
O BRASIL é o maior consumidor mundial de venenos agrícolas. Todos os anos as empresas nos vendem um bilhão
de litros de venenos, a um custo de 10 bilhões de dólares, que são despejados
em média 16 litros por hectares e/ou 5 litros por pessoa/ano. Não há paralelo
em nenhuma sociedade e agricultura do mundo com tais níveis de envenenamento.
16.
O Instituto nacional do câncer denunciou de que, a cada ano, cerca de 500
mil brasileiros são acometidos de câncer. E a maior parte deles tem como causa o
sistema alimentar envenenado, que vai destruindo as células do organismo.
17.
Na década de 1970 a indústria de máquinas vendia 75 mil tratores por ano,
já que os agricultores familiares conseguiam comprar… Passados 50 anos, agora a
indústria vende 42 mil tratores por ano, resultado da concentração de renda do
modelo do agronegócio, em que apenas os grandes fazendeiros conseguem comprar.
18.
De todos os jovens em idade universitária, apenas 15% conseguem entrar na
universidade. Na Bolívia 67%, na Noruega
e Koréia, quase 100% dos jovens podem entrar na universidade. Não há nenhum
motivo econômico ou social que justifique a exclusão da imensa maioria de nossa
juventude, do ensino superior.
19.
Há ainda 14 milhões de
trabalhadores adultos, que não tiveram o direito de aprender a ler. Mas ninguém
se preocupa com eles. Estamos apenas esperando que eles morram.
20.
No Brasil, são assassinados 50 mil jovens por ano, a maioria pobres,
negros e mestiços moradores da periferia das grandes cidades.
21.
O individualismo e a ganância do trânsito matam por ano 45 mil pessoas. No
Japão, com o triplo de frota de veículos, morrem apenas 7 mil pessoas por ano.
22.
Quando se multiplicam motins nos
presídios, em que 65% dos presos não foram ainda julgados e a própria Polícia
entra em greve, é porque as instituições públicas, estão falidas.
23.
Dos 104 milhões de trabalhadores adultos na ativa, apenas 52% tem seus
direitos trabalhistas e previdenciários garantidos. E mesmo assim o governo
golpista quer tirar os direitos de aposentadoria e os benefícios da previdência,
em especial dos mais pobres.
24.
Desde o governo FHC, vem sendo privatizadas todas riquezas naturais do
país, para serem utilizadas em proveito apenas de uma minoria. A
maior empresa estatal - a VALE - foi privatizada, e 52% de seus acionistas são
americanos. Ela cometeu um crime ambiental que matou um rio de 700 km, destruiu
dois povoados e assassinou 29 pessoas. A
Justiça determinou uma multa de 2 bilhões de reais. Até hoje não foram pagos. Porém
o lucro líquido da VALE em 2016, foi 13 bilhões de reais, certamente
distribuídos aos seus acionistas especuladores.
25.
Os crimes ambientais, a privatização das fontes de água potável, as
agressões ao meio ambiente se multiplicam em todo país, realizado pelas
empresas e pelo agronegócio. E povo paga
a conta da natureza com as mudanças climáticas, com a seca de seis anos no Nordeste,
com a falta de água, em São Paulo, Brasília, Manaus…
26.
Nas últimas eleições as empresas capitalistas gastaram 6 bilhões de reais
para eleger seus representantes e o congresso mais conservador e mais corrupto,
de todos os tempos.
27.
Temos a bancada da bala, da bola, da bíblia, dos ruralistas, dos
empresários, das mineradoras, dos laboratórios, formadas por uma maioria de
homens, velhos e branquelos. Só nos falta uma bancada do povo brasileiro.
28.
O voto não está decidindo o poder político. Ele foi sequestrado pelos capitalistas, e por
isso o povo caiu no ceticismo sobre a política porque sabe que seu voto não
vale nada. Devemos lutar pela mudança
desse governo ilegítimo e conquistar nas ruas uma reforma política profunda,
através de uma assembleia constituinte. Que reconstrua a democracia no país e,
devolva ao povo o direito de escolher, de fato, seus verdadeiros
representantes, garantindo a equidade de gênero, juventude e etnia.
29.
Só o povo organizando e, lutando
pode enfrentar as mazelas do capitalismo, que provocam cada vez mais problemas
econômicos e sociais.
30.
Porem, temos diversos desafios nossos, dos movimentos populares e
pastorais a superar. Precisamos retomar o trabalho de base, informar e
organizar os trabalhadores. Colocar nossas energias na formação de militantes,
para que compreendam a gravidade da situação e promover a luta de massas. Única
força capaz de defender os direitos e conquistar a democracia Plena.
Que São Sepé Tiaraju nos proteja!
quarta-feira, 1 de março de 2017
40ª ROMARIA DA TERRA EM PONTÃO - RS "TERRA DE DEUS, TERRA DE IRMÃOS"
"TERRA DE DEUS, TERRA DE IRMÃOS"
O lema "TERRA DE DEUS, TERRA DE IRMÃOS" iluminou o evento transcorrido no dia 28 de fevereiro, na fazenda Annoni, no Município de Pontão - RS com a participação de aproximadamente 12.000 pessoas, Romeiros e Romeiras das dioceses do Rio Grande do Sul. Mais de 600 jovens das dioceses realizaram acampamento no local desde o dia 26 culminando com o dia da Romaria. O dia transcorreu com momento de memória dos mártires que ali deixaram sua história seguida de procissão até o local onde transcorreu celebração litúrgica com a presença de Bispos das dioceses do RS e demais celebrantes, Romeiros e Romeiras na luta pela defesa de direitos na condição de resistentes frente as lutas por um mundo mais humano e igual.
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